O Parque da Água Branca: o manejo sustentável de uma floresta urbana

O Parque da Água Branca: o manejo sustentável de uma floresta urbana
Dissertação de mestrado de  Maria Helena Britto Lagoa, 2008 na faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP

Resumo original

O presente estudo avaliou o Parque Estadual Dr. Fernando Costa, também chamado Parque da Água Branca, localizado na zona oeste da capital paulista, suas características, suas particularidades sociais e ambientais e sua composição arbórea, como parte da Floresta Urbana de São Paulo, descrevendo sua evolução ao longo do século XX, até a atualidade.

Teve por objetivo definir um conjunto de ações e estratégias sustentáveis, na busca de um equilíbrio entre as formas de uso do parque e a conservação de seus recursos naturais. Para tanto, analisou os meios físico, sócio-econômico e biológico.
A investigação do meio físico foi feita através de análises das condições de suas estruturas construídas e do processo de esgotamento de uma de suas nascentes.
A avaliação do meio sócio-econômico foi feita por meio da aplicação de 152 entrevistas com usuários do Parque, observando seu grau de conscientização quanto à importância e aos benefícios das áreas verdes na melhoria do ambiente e na qualidade de vida, além de seu grau de satisfação quanto aos elementos que o parque oferece.
O meio biológico foi estudado através do cadastramento e diagnóstico geral da vegetação arbórea presente no local. Os dados de campo mostraram a ocorrência de 99 espécies de árvores, representadas por 35 famílias, dentro de um universo de 2890 exemplares, a maioria disposta sem nenhum planejamento, desde a inauguração do Parque. Foi feito um paralelo com o levantamento da vegetação do Parque realizado no ano de 1996, quando do tombamento do Parque pelo CONDEPHAAT e, em ambos os trabalhos, foi diagnosticada uma predominância de espécies exóticas em relação às nativas com mais de 70%. A baixa diversidade biológica também foi constatada em ambos os casos, onde praticamente metade de todos os indivíduos existentes no parque é representada por apenas cinco espécies, fatores esses, indesejados para a manutenção do equilíbrio ecológico da área.

Este diagnóstico ampliado gera um histórico da área, retratando o que ela foi um dia e a forma como está atualmente, servindo de base para planejar o que se pretende que ela seja no futuro. Um ambiente natural de um parque urbano quando analisado em conjunto com a forma como o homem faz uso desse espaço, proporciona uma visão das interações entre os processos naturais e os propósitos humanos através do tempo, auxiliando no entendimento das necessidades atuais e criando subsídios para a apresentação de propostas de intervenções, que para este caso, serão feitas ao final do trabalho.

Baixe a dissertação completa em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-12052010-161559/publico/HLagoa_Dissertacao.pdf